quarta-feira, 26 de março de 2008

O que você precisa saber sobre a redução de estômago

O número de pessoas que quer fazer - e faz - redução de estômago com o objetivo de emagrecer vêm aumentando. A primeira vista são pessoas que já “tentaram” de tudo para emagrecer, mas não conseguiram. Ou, se conseguiram com qualquer método que seja, depois de pouco tempo voltaram a engordar.

Nessas tentativas os pacientes não se comprometem realmente com seu objetivo e enganam-se a si mesmos encontrando alguma justificativa que lhe satisfaça. Quem tem muitas justificativas para o fracasso é porque elas não passam de simples desculpas. Alguns clientes que optam pela cirurgia de redução de estômago não seguem o que a equipe de especialistas lhes propõe. Não cumprem a dieta preconizada e muitas vezes faltam às reuniões após a cirurgia para dar continuidade ao tratamento e apoio psicológico com informações valiosas.

Ora, todo e qualquer tratamento, seja ele clínico ou cirúrgico tem um ritual a ser cumprido, por etapas, e da melhor forma possível. Quem pula as etapas corre o risco de não conseguir o objetivo proposto pelo médico. Parece que o pensamento destes pacientes é: “eu operei e não preciso fazer mais nada”. Não é bem assim. A cirurgia é apenas o início do tratamento. As etapas seguintes são tão importantes quanto à cirurgia e precisam ser realizadas também, pois, aos poucos, as informações e comportamentos são assimilados. Com repetição e mudança de atitudes.

O paciente operado precisa pensar como uma pessoa que tem estômago menor que antes, que ele não deve e nem pode exagerar na alimentação. Isso leva tempo para cristalizar na mente. Tem que haver congruência entre o pensar, o falar, o sentir e o fazer. Se uma dessas fases for ignorada não haverá congruência e a ação de fazer não acontece da forma pensada. A decisão de se submeter a uma cirurgia de redução de estômago é muito importante na vida de uma pessoa. Essa vontade deve ser acompanhada de ações coerentes como num tratamento clínico. A única diferença é que na cirurgia não tem volta, ou melhor, se desacatar a quantidade de alimentos ingeridos, o excesso “volta”. É preciso que se faça a escolha consciente das etapas seguintes à cirurgia.

Coluna assinada por: Dr. José Rui Bianchi
Médico Psiquiatra e Autor do livro
"Emagrecer também é Marketing" - DVS Editora

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